domingo, 29 de abril de 2012

 Funcionalismo


William James foi o principal percursor da Psicologia funcional é considerado ainda hoje por muitos como o maior psicólogo americano. Mas, mesmo quando trabalhou activamente em Psicologia, manteve-se independente, recusando-se a ser absorvido por qualquer ideologia, sistema ou escola. James não foi seguidor nem fundador, nem discípulo nem líder mas, embora não tenha fundado a Psicologia funcional, escreveu e pensou com clareza e eficácia dentro da atmosfera funcionalista.
James afirma que "a Psicologia é a Ciência Da Vida Mental, tanto dos seus fenómenos como das suas condições" (James,1890). O termo "fenómenos" é usado para indicar que o objecto de estudo se encontra na experiência imediata. James reconhece a consciência como sendo o ponto fulcral de grande interesse. William James foi o principal percursor da Psicologia funcional é considerado ainda hoje por muitos como o maior psicólogo americano. Mas, mesmo quando trabalhou activamente em Psicologia, manteve-se independente, recusando-se a ser absorvido por qualquer ideologia, sistema ou escola. James não foi seguidor nem fundador, nem discípulo nem líder mas, embora não tenha fundado a Psicologia funcional, escreveu e pensou com clareza e eficácia dentro da atmosfera funcionalista.
James afirma que "a Psicologia é a Ciência Da Vida Mental, tanto dos seus fenómenos como das suas condições" (James,1890). O termo "fenómenos" é usado para indicar que o objecto de estudo se encontra na experiência imediata. James reconhece a consciência como sendo o ponto fulcral de grande interesse.







James acredita que é possível investigar estados de consciência examinando a própria mente por meio da introspecção, sendo este o objecto e respectivo método de estudo, de acordo com James.
Uma das maiores contribuições de James foi a sua Teoria da Emoções. Supunha-se que a experiência subjectiva de um estado emocional precede a expressão ou a acção corporal física, por exemplo, se vemos um urso assustamo-nos e fugimos, logo o medo surge antes da reacção corporal de fuga. James inverte esta noção, afirmando que o despertar de uma resposta física precede o surgimento da emoção, especialmente nas emoções que designou de "mais rudes" como o medo, a raiva, a angústia e o amor. De acordo com James, no exemplo anterior, vemos o urso, fugimos, e então temos medo. Para validar a sua teoria, James recorreu à observação introspectiva de que, se as mudanças corporais como o aumento dos batimentos cardíacos, a aceleração da respiração e a tensão muscular não ocorressem, não haveria emoção. 







O funcionalismo tornou-se parte da principal corrente da Psicologia americana. A sua precoce e vigorosa oposição ao estruturalismo teve um grande valor para o desenvolvimento da Psicologia dos Estados Unidos. Também foi importante a transferência da ênfase da estrutura para a função, uma das consequências deste aspecto foi a pesquisa sobre o comportamento animal, que não fazia parte da abordagem estruturalista e que veio a ser um elemento fundamental da Psicologia.
A Psicologia funcionalista incorpora também estudos de bebes, crianças e indivíduos com atrasos mentais.
O funcionalismo permitiu que os psicólogos complementassem o método da introspecção com outras técnicas de obtenção de dados, como a pesquisa fisiológica, testes mentais, questionários e descrições objectivas do comportamento.
No entanto, o funcionalismo já não existe hoje como escola distinta de pensamento. Devido ao seus sucesso, já não há necessidade de se manter como uma escola e deixou a sua marca na Psicologia americana contemporânea, especialmente coma a ênfase na aplicação dos métodos e das descobertas da Psicologia a problemas do mundo real.





 Críticas ao Funcionalismo

Os ataques ao movimento funcionalista vieram dos estruturalistas. Uma das críticas foi ao próprio termo que não estava claramente definido. Os funcionalistas foram acusados de, por vezes, usarem o termo função para descrever uma actividade e outras vezes para se referirem à utilidade.
Uma outra critica, apresentada especialmente por Titchener, relacionava-se com a definição de Psicologia. Os estruturalistas afirmavam que o funcionalismo nada tinha de Psicologia, pois não se restringia ao objecto de estudo e à metodologia do estruturalismo. De acordo com Titchener, qualquer abordagem que não fosse a análise introspectiva da mente em seus elementos, não era Psicologia, no entanto era exactamente esta a definição de Psicologia que os funcionalistas questionavam e se empenhavam em substituir.
Outros críticos censuram o interesse dos psicólogos funcionais por atividades de natureza prática ou aplicada. Os estruturalistas não viam com bons olhos a Psicologia aplicada. Actualmente, a Psicologia aplicada está muito disseminada e isto pode ser considerado uma contribuição do funcionalismo, e não um defeito.

A Psicologia "interessa-se por dar as contribuições que puder a todos os campos afins de pensamento e de acção, como a filosofia, a sociologia, a educação, a indústria, a medicina, o direito, os negócios e a indústria. É claro que todo o conhecimento sobre a natureza humana tem extrema utilidade para qualquer campo de actividade relacionado de qualquer modo com o pensamento e a acção do Homem" (Harvey A. Carr).
                                                

                                                      
                                                                         

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Psicologia Pré-científica

Com a Modernidade veio a rejeição ao dogmatismo medieval, a valorização da razão (inspirada nos moldes clássicos gregos), e o nascimento da Ciência. A Psicologia ainda era tratada como um ramo da Filosofia, porém nesta fase recebeu influencias determinantes que a catapultaram para o status de Ciência.
Toda essa fase caracteriza-se pela busca da resposta a seguinte questão : “Como se dá o conhecimento? Como é possível ao homem conhecer algo? É realmente possível?”.


Identifica-se cinco correntes filosóficas modernas que tiveram importância chave para a cientifização da Psicologia. Os métodos e escolas em Psicologia que apareceriam no século seguinte (XX) se inspirariam em uma ou outra destas cinco tendências filosóficas:


  •    EMPIRISMO CRÍTICO, (de Descartes, Locke e Kant), que professava a importância de um método racional, quantificador e experimental para o estudo dos fenômenos mentais, estipulava a interação entre idéias inatas e aprendizado pela experiência para a formação da mente (termo que substituiu o aristotélico-medieval “alma”).
  •      ASSOCIACIONISMO (que teve Darwin, Mill e Spencer, pensadores ingleses, como expoentes) pelo qual o todo consciente da mente era a somatória de idéias simples, que se associavam gerando redes cada vez mais complexas. (Note o atomismo presente). Com Darwin, essa idéia foi acrescida ainda do conceito de evolução.
  •         MATERIALISMO CIENTÍFICO. Pelo qual apenas o positivo (isto é, o observável e quantificável) é alvo de estudo científico. Buscava a objetivização do saber. Influenciou pensadores como Marx e Comte.
  •    FENOMENOLOGIA. Foi o método de questionamento e investigação intrapsíquica de Husserll, que usava a instrospecção e eliminava dicotomias como objetivo-subjetivo, observador-observado, etc.
  •     ROMANTISMO. Trata-se de uma visão humanista, pela qual o homem é o essencialmente bom, sendo estragado pela vida em sociedade, porém conservando uma alma que anseia ser amada e ser livre.Teve como expoente Rousseau, e o seu famoso “Mito do Bom Selvagem”.

Psicologia, a razão da alma

A historia da Psicologia tem cerca de milênios. Ela surge no Ocidente, cerca de 700 a.C. É iniciada entre os filósofos gregos, com suas primeiras tentativas de sistematizar a Psicologia. O termo psicologia vem do grego pysiché, que significa alma, e logos, que significa razão. Assim, a Psicologia surgiu como o estudo da alma. Imaginava-se que a alma era a parte imaterial do ser humano e compreendia pensamento, sentimentos, irracionalidade, desejo, sensação e a percepção. Os primeiros filósofos consideravam que o homem se relacionava com o mundo através da percepção. Discutiam se o mundo existe porque o homem o vê ou se o homem vê um mundo que já existe.